Legislação e acessibilidade fecham o calendário na USP

A segunda edição do curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negóciospromovido pelo Ibrasurf na USP foi encerrada nesta segunda-feira, 13 de julho, com dois palestrantes dividindo a atenção dos alunos.

Na primeira parte, Rogério “Lalau” Rodrigues, contador diretor da Contábil Sumaré, debateu aspectos de empreendedorismo, legislação e marketing ligados aos esportes de prancha.

Lalau é um veterano nos esportes de prancha. Começou a andar de skate em 1972, na primeira geração de skatistas no Sumaré, na capital paulista. Logo iniciou no surf e não demorou muito para cair no gosto do wake e snowboard.

Segundo ele, contabilidade é a base estrutural de qualquer negócio. “A parte contábil é fundamental na abertura, crescimento e perpetuação das empresas”, afirmou.

O brasileiro passa, em média, cinco meses por ano trabalhando para pagar os impostos, que chegam a 36% do PIB. Somado a isso, está a situação permanente de corrupção. Por isso, segundo Lalau, o cidadão precisa saber para que serve cada imposto pago e exigir do governo o retorno em benefícios.

Segundo o contador, conhecer as leis e saber onde estão as “brechas” é fundamental para economizar. É nesta hora que a empresa contábil entra em ação, com o suporte necessário para pagar menos impostos dentro da legislação e ética.

Lalau também colocou os alunos por dentro da nova lei do Micro Empreendedor Individual, o MEI, e explicou os trâmites legais de se criar uma ONG ou Associação. E avisa: “trabalhar com paixão, saber a hora da mudança e enxergar boas idéias em simples detalhes são a chave para o sucesso”.

Além de contador, Lalau também comanda a CS Team, equipe de esportes de prancha que conta com o apoio da Contábil Sumaré. Nomes como Luis Roberto Formiga, o longboarder Amaro Matos, o wakeboarder Marreco, o skatista Flavio Ascânio, além do próprio Lalau, formam um grupo de apaixonados por esportes de prancha, que já acumulou mais de 300 medalhas.

Surf Adaptado

Em seguida, foi a vez do surfista mais do que especial Robson Careca dar seu recado. Em 1998, ao voltar de uma sessão de surf em Ubatuba, o carro que ele estava colidiu de frente com outro veículo. Com o acidente, Careca perdeu o movimento dos membros inferiores, mas não a vontade de fomentar o surf e a responsabilidade social.

O surf passou a ser deitado e Careca dedica-se a tornar o esporte cada vez mais acessível aos portadores de necessidades especiais. O projeto Mão na Borda tem como objetivo a inclusão social através do surf, incentivando a prática e a remada entre portadores de alguma deficiência física ou mental.

As aulas rolam na praia da Baleia, em São Sebastião, sempre com a ajuda de voluntários e com acompanhamento do professor de educação física e do fisioterapeuta. Para participar das aulas, basta se inscrever pelo site, informando os dados e tipo de lesão que possui. 

Careca foca seu trabalho nas escolas de surf e acredita que com aulas adaptadas e força de vontade, é possível formar bons para-atletas nas ondas.

O voluntariado, para ele, é a melhor forma de contribuir. “Em nome de todos os cadeirantes, eu digo que a gente precisa de vocês. O surf me deu e continua dando muita coisa boa, por isso eu acredito no poder dele”, finalizou.

O curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negóciospromovido pelo Ibrasurf aconteceu de 27 de abril a 13 de julho na Escola de Educação Física e Esporte da USP. A terceira turma está programada para o primeiro semestre de 2010. Mais informações no www.fluxexperiences.com.br.

Saiba mais:
CS Team (www.csteam.com.br)
Robson Careca e seus projetos (www.surfespecial.com.br)

Marilia Fakih – Ibrasurf 

 


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