Buscando valorizar a arte e a cultura Surf, o Ibrasurf abre um espaço para divulgar e apoiar artistas e fotógrafos que retratam através de seus trabalhos este maravilhoso estilo de vida. Para inaugurar este espaço temos a honra de apresentar o trabalho da fotógrafa Paula Marina, que expôs suas fotografias este ano na Exposição Surf Art da 4ª edição do curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negócios. Ela nos conta um pouco sobre sua trajetória e apresenta suas belíssimas imagens:
Fotografia – Quando comecei a fotografar aos 18 anos nunca imaginei que um dia meu trabalho autoral fosse estar ligado ao mar. Durante muito tempo me considerei uma fotógrafa de rua, adorava clicar a cidade, seus prédios, habitantes, seu dia a dia. Foram assim os meus primeiros anos na fotografia. Embora ainda adore fotografar São Paulo, a cidade onde vivo, são minhas fotos relacionadas à cultura de praia que tomaram uma dimensão maior nos últimos anos.
O mar, o surf, barcos, praias e seus frequentadores estavam na minha vida, porém não no meu trabalho. Nasci em Recife (PE) e com meses de idade fui morar no Rio de Janeiro com minha família. E acho que ali, naqueles primeiros anos de vida, curtindo a praia de Copacabana onde morávamos, surgiu um amor imenso pelo mar, pela praia, pelo sol que nunca me abandonou. Na verdade, esta conexão só aumentou ao longo do tempo e se tornou quase uma assinatura, um amor visceral que agora eu traduzo em fotografia.
Praia e Mar – Sou como milhares de pessoas que amam ir à praia, só isto. Mas nada me dá mais prazer do que passar horas na praia, observando, aproveitando, fotografando as pessoas e sua relação com o ambiente. Ir à praia torna as pessoas mais alegres, energizadas, transparentes. Desarmadas. E gosto de capturar todas estas emoções! E quero que quando alguém veja uma foto de praia feita por mim pense “ai, que vontade de estar ali!”.
Mas tenho que admitir que as minhas melhores fotos acontecem quando estou me divertindo muito! Pode parecer clichê, mas é assim mesmo que acontece. Já ouvi muita gente dizer que minhas fotos são alegres, então, acho que consigo passar minha alegria nas imagens naturalmente.
Embora não surfe e nem seja uma fotógrafa de surfe, sempre adorei o esporte. Acho lindo! Esta troca de energia entre homem e mar é fascinante! Um clique bem feito de um surfista em ação requer muito entendimento técnico, tanto do esporte quanto fotográfico. É um desafio bem bacana que deve ser temperado com emoção pra dar o resultado perfeito.
Hawaii – Em 2008 passei três meses no Hawaii e pude conferir a cultura surf in loco. Foi uma experiência incrível ver aquelas ondas no North Shore e entender a relação dos havaianos com o surf. Poderia dizer que é como o futebol para nós, brasileiros. Nossas crianças são incentivadas a jogar futebol desde sempre. Lá as crianças são incentivadas a surfar da mesma maneira. Em Hanalei Bay, na ilha de Kauai, foi Incrível ver famílias inteiras na praia incentivando a garotada de 9, 10 anos a surfar. Emocionante! E, talvez, mais bacana ainda foi ver gente de todas as idades surfando! Senhoras e senhores de mais de 60 anos que continuam praticando, sem nem pensar se têm idade para isto. Um aprendizado.
2011 – Ser convidada para expor no Festivalma 2011 e na 4ª edição do curso Surf: Administração, Marketing e Gestão de Negócios este ano foi a prova de que quando você faz um trabalho verdadeiro ele se destaca.
Projetos – Para 2012 estou planejando uma exposição cujo tema será..mar! E trabalhar muito para desenvolver minha carreira. Ser fotógrafa requer dedicação, aprendizado e investimento. O tempo todo!
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