Ilhas Mentawai – Amigos de Infância se encontram no Paraíso

Qual o sonho de todo surfista? Pegar ondas perfeitas na companhia de grandes amigos? Num cenário paradisíaco, água quente e cristalina? Cercado por diversas bancadas de coral e natureza intocada? Parece a combinação perfeita??? Para muitos é! Principalmente pra quem corre atrás focando as energias. Foi assim que um grupo de amigos de infância, que surfa junto a mais de 25 anos, viveu essa experiência na última quinzena de junho. Destino: Ilhas Mentawai.

O caminho é longo mas vale a pena, ainda mais ao chegar em Hollow Trees com a maré secando e os tubos rodando. Logo estávamos na água para a primeira queda no paraíso. Sonho agora é realidade! Uns mais à vontade, outros se acostumando, todos compartilhando. Dias mágicos que ficarão pra sempre em nossas memórias. Ambra, Duda, Beto, Froes, Teta, Viccé, Fazzi, Celsão, Richinha, Pitu e eu. Obrigado irmãos!

O fim de tarde em Lances Left surpreendeu. Na 1a visão ninguém lá fora e ondas de 1 metro. Num piscar de olhos todos no mar e séries Double overhead. Ondas extensas e volumosas! Caldos pesados, remada e adrenalina. Diversão e cabeça feita. Ancoramos o catamarã e dormimos ali perto. 80 pés de puro conforto e 8 tripulantes ao nosso dispor. Cadeira de massagem, tela de plasma, serviço de primeira e comida à vontade. Muito pig “cause in Bali”…

Mais um dia clássico em Lances e partimos pra o Sul, com o swell baixando a aposta era Thunders. Tiro certo! 6 pés plus bombando e ninguém na água. Miragem? Graças a Deus era verdade! O visual era incrível mesmo com a devastação causada pelo último tsunami. Troncos, árvores e coqueiros emoldurados pelas areias brancas e pedaços de corais. Meia hora e o speedy deu a volta na ilha. Parecia filme de surf, e os protagonistas éramos nós. Cada um no seu estilo, aproveitando ao máximo aquela oportunidade única. Esquerdas perfeitas, vento terral, tubos e manobras. Devidamente registradas pelas lentes de Geni e Carl. Momentos eternizados nos dvds e nos corações. Provavelmente o top da barca.

Próxima escala Maccaronis. Quantas vezes a cobiçamos nas fotos e vídeos? Pit stops no caminho em direitinhas relaxantes até chegar lá. Um metrinho em séries demoradas e disputadas, a onda de pico concentra o crowd mas a galera se respeitava. Todo mundo pegava a sua. Perto dali a vibe era outra. Nativos invadiam o Addiction para nos intimidar e expulsar dali. Comandados por empresários australianos, querem limitar o número de barcos e surfistas na área. “Todos a bordo! Ordens do capitão!” Esperava a boa curtindo o fim de tarde e bem na minha vez era hora de sair? A chapa tava quente, saída pela esquerda.

Manhã seguinte e policiais a bordo. Voltamos para Maccas, direto pro surf. Logo cedo stress com os ozzies, na sequência tudo ok. Uma reunião discutia o futuro da região, cada um vendo seu lado. Enquanto isso nós na água. Pouco crowd e mexido, muitas manobras e dor nas costas. Tudo certo e nada resolvido, voltamos pra Vila. E pra Lances!!! Rights ou Lefts, eis a questão. Por que não as duas? Começamos por HT, uns 2 metros baforando e o Spadachin fazendo a mala. Também deu pra pegar as boas. Tubos azuis, verdadeiros salões. A missão tava cumprida!

Muita gente e dobramos a esquina, era hora das esquerdas e a trip chegava ao fim. Dava tempo pra mais Thunders, que apesar do crowd tava perfeito. Nas horas certas sempre sobrava, mas a ondulação diminuía. O mágico pôr do sol regado a camarão, bintang e gin celebrava uma trip inesquecível. Amizade, companheirismo, alegria e muitas horas dentro da água.

Chega a hora de partir. E começar a pensar na próxima!

Fotos: Geni LaRosa.


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