Congresso Brasileiro de Surf apresenta trabalhos acadêmicos sobre o esporte

A sexta edição do Congresso Brasileiro de Surf, que aconteceu entre os dias 16 e 18 de setembro em São Paulo, contou com a exposição de painéis de trabalhos acadêmicos relacionados ao surf.

A prática do surf por pessoas portadoras de necessidades especiais foi um dos temas abordados. Os educadores físicos Renato Bissolotti e Ivan Ferreira apresentaram o painel “Surf como proposta de lazer para pessoa com deficiência”.

Os autores destacaram a importância de incluir portadores de deficiência
dentro de todas as atividades realizadas pela sociedade, em especial o surf que, quando recreativo, se torna uma excelente proposta de lazer por se tratar de uma atividade lúdica, atraente e desafiadora.

De acordo com o estudo, a primeira pessoa com
deficiência física a experimentar o surf no Brasil foi o surdo Carlos “Mudinho”, no final da de década de 50. Hoje em dia, outros surfistas especiais estão na ativa, como o cadeirante Robson Careca, Paulo Eduardo Aagard “Pauê” (amputado de membros inferiores), Alcino Neto “Pirata” (amputado da perna esquerda), Waldemir (deficiente visual) Rodrigo (síndrome de Down), entre outros que creditaram ao surf a oportunidade de melhorar suas vidas.

Já os estudantes de Educação Física
Patricia Mendes da Silva e Clodoaldo Batista Moreira apresentaram trabalho de conclusão de curso “A influência do surf no processo de resiliência de pessoas com deficiência física”.

Resiliência é o termo usado para definir a recuperação psicológica de alguém diante de superação de desafios e adversidades da vida, resultando no crescimento e evolução pessoal.

Segundo o trabalho, o surf é uma prática que interfere positivamente nessa recuperação, por ser uma atividade prazerosa.

A instrutora de surf Tânia Brotto Haddad escolheu o tema “Surfe e Educação Física: Em busca do equilíbrio físico e emocional” para mostrar
que o surf não competitivo, dentro do esporte de aventura, temcondições de colaborar física e emocionalmente para cada ser humano.

O designer
Rafael Takaki Escudeiro encheu os olhos dos presentes com o livro “Visões do Surf”.

Válido como trabalho de conclusão de curso, o projeto surgiu da paixão pelas ondas e expressa em desenhos o estilo de vida, a natureza, a cultura e outros elementos que fazem parte do surf.

O Ibrasurf disponibiliza em seu site uma seção de trabalhos acadêmicos relacionados ao esporte. Quem quiser saber mais sobre o conteúdo disponível ou contribuir com algum material pode entrar em contato através do telefone (11) 5052-5011 ou pelo email ibrasurf@fluxexperiences.com.br.

O 6º Congresso Brasileiro de Surf é uma realização do Ibrasurf, em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, com o apoio da Associação Paulista de Surf Universitário (APSU), Star Point e Australia GO, Okilled, Surfista Doador e Federação Paulista de Surf.

Marilia Fakih 


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