Regulamento – Circuito Paulista Universitário de Surf

21º Circuito Paulista Universitário de Surf 

Considerações Iniciais

 Conforme exposto no Regulamento da 1a etapa, nesta 2a etapa do Circuito Paulista Universitário de Surf 2018 serão realizadas as baterias do Festival Brasileiro Universitário de Surf 2018 e também algumas baterias especiais com os campeões e convidados que fizeram história nesses 20 anos do Circuito, o que implicará na redução do número de vagas das categorias que seguirão  conforme abaixo.

Formato da Competição

O evento apresentará formato de somatória de pontuação, onde todos os atletas correm suas baterias na 1ª fase num sistema de turno e returno, isto é, todos os atletas irão entrar na água 2 vezes, e aqueles com melhor pontuação avançam às fases finais.

O critério de julgamento e as regras de competição serão os mesmos utilizados normalmente, porém serão somadas as pontuações de cada atleta em suas 2 baterias, selecionando assim as melhores pontuações para a disputa das fases seguintes.

Categorias

  • Masculina Open – 24 vagas – atletas regularmente matriculados (em 2018) que moram ou estudam no litoral, ou numa distância inferior a 80 km da praia mais próxima.
  • Masculina Paulistana – 24 vagas – atletas regularmente matriculados (em 2018) que moram e estudam na capital, grande ABC ou numa distância superior a 80 km da praia mais próxima.
  • Masculina Formados – 24 vagas – atletas que já se formaram em cursos de graduação ou pós-graduação em qualquer faculdade do Estado de São Paulo ou litoral.
  • Feminina – 12 vagas – atletas regularmente matriculadas (em 2018) ou formadas em cursos de graduação ou pós-graduação em qualquer faculdade do Estado de São Paulo.

 

Além das categorias individuais acima, os atletas inscritos poderão também participar das categorias especiais (inscrições na praia):

  • Expression Session – melhor manobra – 15 vagas, sendo 08 vagas para atletas da categoria Open + 04 vagas para atletas da categoria Paulistana + 03 vagas para atletas da categoria formados. Inscrições na praia.
  • Tag Team – por equipes das faculdades – exclusiva para atletas da categoria Masculina Paulistana. Inscrições na praia.

Critério de Julgamento

“O surfista deve executar manobras radicais e controladas nas partes mais críticas da onda com velocidade, força para aumentar o potencial de pontuação. Deverá ser levado em conta o surf inovador e progressivo assim como a variação de manobras na hora de pontuar a performance apresentada. O surfista que seguir este critério com o maior grau de dificuldade e controle nas melhores ondas receberá as melhores notas.”

Julgamento

  • A classificação para as fases finais será o resultado da somatória das quatro melhores ondas de cada competidor, sendo as duas melhores no 1º round e mais as duas melhores no 2º round da primeira fase. Ou seja, ao término da 1ª fase (1º e 2º round), cada atleta terá 4 notas computadas.
  • Os 4 atletas com maior pontuação avançam diretamente para a final (inclusive na categoria Paulistana)

Ficam mantidas as demais disposições conforme Regulamento completo abaixo.

Casos omissos serão decididos pelo Diretor de Prova.

 

Regras da Competição

  • Caso as condições do mar não apresentem o tamanho mínimo de 33 cm (1 pé), o campeonato deverá ser cancelado ou transferido para outro horário ou dia;
  • Só poderão competir os atletas que pagaram sua filiação à APSU e estiverem com a documentação exigida em dia, incluindo o preenchimento e assinatura da ficha de inscrição;
  • Caso um competidor não se apresente até a última chamada do locutor e não havendo alternantes, a bateria ocorrerá apenas com os surfistas presentes;
  • O competidor deverá vestir e tirar a lycra na frente do Beach Marshall;
  • A entrada na água será permitida somente após a autorização do locutor;
  • O tempo de bateria será de 15 minutos, e as finais de 20 minutos, podendo variar conforme decisão do Diretor de Prova;
  • Não haverá prorrogação de tempo de bateria. Se a mesma for interrompida por qualquer razão, deverá reiniciar-se no tempo exato em que foi interrompida até o final pré-estabelecido;
  • Cada competidor terá o direito de surfar no máximo 10 ondas por bateria, exceto na final onde poderão ser surfadas 15 ondas;
  • Se ultrapassar esse limite o competidor será penalizado com redução de cinco pontos na soma total dos pontos, para cada onda extra;
  • O tempo de cada bateria será marcado pelo locutor e pelo Head Judge;
  • Será dado um aviso pelo locutor juntamente com a sinalização amarela, indicando os cinco minutos finais da bateria;
  • Um toque de sirene sinalizará o início da bateria e dois toques indicarão o término da mesma;
  • Haverá a sinalização através do sistema de placas ou bandeiras sendo a cor verde para indicar o início e a cor amarela para indicar os cinco minutos finais;
  • Haverá uma contagem regressiva dos cinco segundos finais da bateria, e ao atingir o zero, a placa amarela deverá ser abaixada não devendo aparecer nenhuma placa;
  • O final da bateria ocorrerá no início do primeiro sinal da sirene (dois toques);
  • Para que a onda seja computada no final da bateria, o surfista deverá estar claramente com a posse da onda, fazendo um movimento para levantar-se com as mãos nas bordas antes do início da sirene;
  • A devolução das camisetas de competição para o Beach Marshall deve ocorrer logo após o término da bateria;
  • O competidor não poderá descer nenhuma onda em pé após o início da bateria seguinte, caso o faça será computada uma interferência em seu nome;
  • O sistema de locução é considerado um instrumento de auxilio ao atleta, assim como o sistema de placas sinalizadoras. Portanto, o competidor deverá ser responsável pelo controle de tempo e ondas em sua bateria. Reclamações sobre equívocos ou falta de informações devem ser dirigidas ao Diretor de Prova para o aprimoramento do evento, porém não terão efeito sobre o resultado da bateria;
  • Qualquer reclamação do competidor deverá ser feita junto ao Beach Marshall, que deverá passá-las ao Head Judge;
  • O regulamento, a pontuação e o cronograma poderão ser alterados pela organização;
  • Casos omissos serão resolvidos pelo Diretor de Provas e pelo Head Judge.

 

Interferências

  1. Regra básica – O surfista que estiver na parte mais interna da onda tem o direito incondicional de percorrê-la em toda extensão. A interferência será caracterizada se durante a onda a maioria dos juízes sentir que outro competidor lesou o potencial de pontos que o surfista com posse da onda poderia obter.

Qualquer competidor que se levantar à frente do surfista que tiver a posse da onda, tem a chance de sair da onda sem estar cometendo interferência, a não ser que ele lese o potencial de pontos a ser atingido pelo surfista mais próximo do pico da onda, incluindo no caso de pressão excessiva, segurando a cordinha ou mesmo quebrando a sessão da onda.

  1. Direito de passagem – Posse de onda ou direito de passagem vai variar de acordo com os tipos de mar, a serem citados a seguir, onde ocorrendo a competição. É responsabilidade dos juízes determinar quem tem a posse ou direito de passagem, baseado na formação da onda, definindo se a mesma é uma direita ou uma esquerda. Se na entrada da onda não for possível definir seu lado predominante, o direito de passagem será do surfista que primeiro fizer uma virada para a direção que escolher.

C.1. Point break – Quando existir apenas uma direção disponível, o surfista na parte interna da onda terá o direito de surfá-la em toda a sua extensão.

C.2. Um pico – (fundo de areia, pedra e coral) – Onde houver um pico definido com direita e esquerda disponível, o surfista que estiver o mais próximo do pico da onda terá o direito incondicional de surfá-la durante sua extensão na direção que escolher (cavando para direita ou esquerda). Um segundo surfista pode ir na direção oposta da onda sem estar cometendo interferência, desde que não interfira no primeiro que estabeleceu o direito de surfá-la. (ou seja, não poderá cortar a trajetória do primeiro surfista para ganhar o lado oposto da onda ou atrapalha-lo).

C.3. Múltiplos picos ao acaso(beach break) – Nessas condições a posse poderá variar de acordo com a natureza individual de cada onda.

  1. 3.1.Com um pico o surfista poderá ir em qualquer direção definida anteriormente.
  2. 3.2.Com 2 picos, existirão casos em que a ondulação terá picos separados definidos que se encontrem eventualmente. Embora esses dois surfistas tenham posse de seus respectivos picos, aquele que ficar em pé primeiro será considerado como tendo posse e o segundo deverá dar passagem, saindo da onda ou não, desde que ele não atrapalhe o surfista que subiu primeiro na prancha.
  3. 3.3.Se dois surfistas ficarem em pé ao mesmo tempo em picos separados que se encontrarem eventualmente, então:

Se ambos derem passagem, indo reto ou saindo da onda, de forma que um não atrapalhe o outro, não haverá interferência.

Se cruzarem, colidirem ou atrapalharem-se mutuamente, os juízes darão interferência ao surfista que tiver sido o agressor.

Se nenhum der passagem, aliviando a trajetória ou saindo da onda e ambos assumirem a responsabilidade, será marcada uma interferência dupla.

Cruzamento de trajetória não é permitido em hipótese alguma e, se um levantar primeiro, será então marcada interferência do outro. Na dúvida de passagem.

Se levantarem ao mesmo tempo e houver colisão a interferência será do agressor, com possibilidade de dupla interferência.

Critério de escolha e direito de passagem – A escolha do critério de direito de passagem será de responsabilidade do Head Judge.

  1. Snaking

D.1.O surfista que estiver com a posse da onda já estabelecida, terá o direito de surfá-la durante sua extensão, mesmo que outro vindo do inside suba atrás dele em qualquer situação. Os juízes não penalizarão o surfista que estiver com a posse, mesmo que ele esteja na frente de outro competidor.

  1. 2.Se um surfista não estiver atrapalhando ao surfista que detém a posse, então os juízes poderão optar por não penalizar nenhum deles, marcando os pontos para ambos na mesma onda, dependendo do critério adotado.
  2. 3.Se, na opinião dos juízes, o segundo surfista tiver interferido no que tinha posse da onda, então a interferência será dada ao segundo surfista, embora o mesmo esteja mais próximo do pico.
  3. Interferência de remada – em bateria de quatro surfistas, o surfista que estiver na parte interna da onda, não poderá ser excessivamente pressionado por outro surfista. A interferência de remada ocorre quando:

E.1.O surfista ofensor fizer contato ou forçar o que esta na parte interna da onda a mudar sua direção na remada para pegar a onda causando a possibilidade de perda de trajetória.

E.2. O surfista ofensor quebrar uma seção de onda, atrapalhando no potencial de pontos daquele que tem o direito de passagem.

E.3. Quando o surfista, ao se dirigir para a linha de arrebentação, ficar no caminho de um adversário e uma colisão acontecer, a decisão será dos juízes, avaliando se a colisão foi proposital ou não.

  1. A penalidade de interferência – Se a maioria dos juízes anotar interferência, o atleta será punido com a perda de 50% dos pontos de sua segunda melhor nota, ou seja, somará apenas sua melhor nota e metade de sua segunda melhor nota, para critério de classificação.

Em caso de interferência de remada o triângulo deverá ficar entre os dois quadros entre a nota dada à ultima onda surfada e a seguinte. Deverá haver uma seta em que onda o surfista cometeu interferência.

O surfista que sofrer interferência terá permissão de surfar mais uma onda além das dez, dentro do tempo normal de bateria. A exceção é um caso de dupla interferência, onde nenhum dos dois recebe a onda adicional.

Uma onda extra também será dada ao surfista que for interferido por fotógrafo, segurança ou banhista qualquer.

  1. Penalidades – Atos de indisciplina, agressões, desrespeito à comissão técnica e ao Livro de Regras ou qualquer outro caso que possa ser considerado contra a boa conduta esportiva por parte dos atletas ou atléticas poderá ser punido pela organização com os seguintes dispositivos, de acordo com a gravidade do ocorrido:
  • Advertência pela Locução.
  • Advertência em Particular.
  • Interferência na bateria ou em baterias futuras.
  • Suspensão e/ou eliminação do Campeonato.
  • Desfiliação da APSU

Obs: Técnicos, amigos, parentes, etc, são considerados extensão do atleta e da equipe, sendo que os mesmos poderão ser punidos por atitudes dos primeiros.

Responsabilidades

O atleta participante do Circuito Paulista Universitário de Surf é o único e exclusivo responsável por sua documentação e segurança, assumindo as devidas responsabilidades e isentando a organização, patrocinadores e outras entidades envolvidas no evento de qualquer forma de responsabilidade em caso de documentação e/ou acidentes durante a realização do evento.

O atleta também autoriza automaticamente a utilização e divulgação de sua imagem em foto e vídeo pela APSU, FPSurf e IBRASURF em qualquer material jornalístico, editorial ou promocional.