As competições de surf no cenário mundial têm apresentado um alto e homogêneo nível de desempenho por parte dos atletas. Assim, atentou-se à hipótese de que o bottom turn, curva na base da onda essencial para a construção de manobras subseqüentes, pode ter influência nos resultados alcançados em baterias de surf de alta performance. Nesse sentido, o presente estudo teve o objetivo de quantificar o tempo que os atletas levam na execução de bottom turns em suas ondas e correlacioná-lo com as notas atribuídas, bem como avaliar se os surfistas que vencem suas baterias são os que realizam bottom turns mais duradouros. A amostra da pesquisa foi composta pelos atletas presentes nas baterias 2 e 3 das quartas de final, bem como nas semifinais e na final do Hang Loose Santa Catarina Pro 2009. Para o levantamento dos dados, foi feita análise de vídeo, onde se avaliou cada bottom turn realizado, pelo recurso de corte de vídeo disponível no programa Windows Movie Maker. Para a análise correlacional, fez-se uso do software SPSS 18.0, sendo verificado o valor de R de Pearson adotando o nível de significância de p < 0,05. Os resultados apontaram que em 60% dos casos os atletas com maiores tempo de bottom turn venceram os confrontos. Para as correlações, observou-se associação entre as variáveis para 80% dos casos. Pode-se assim concluir que o bottom turn é um aspecto técnico fundamental na construção de manobras subseqüentes que se adéqüem aos critérios de julgamento do surf.
Palavras-chave: Surf 1; Manobras 2; Bottom Turn 3; Desempenho 4.