Yohana Sarandini realiza o sonho do título de campeã Paulista Universitária de Surf
1 – Como e quando começou a surfar?
Comecei a surfar aos 7 anos de idade, por incentivo da minha família, na qual todos já surfavam.
2 – Como conheceu o Ibrasurf?
Conheci o Ibrasurf pelas redes sociais.
3 – Você mora e estuda no ABC Paulista mas está todos os finais de semana no litoral. Qual é a sua praia preferida? Pretende, um dia, morar mais perto do oceano?
Sim, estou todos os finais de semana no Litoral Norte, minha praia favorita é Camburi! E pretendo sim morar litoral, assim que me formar! O plano é me mudar e trabalhar com a fisioterapia aplicada em atletas.
4 – Como você conciliou o surf com a vida universitária?
Na verdade, conciliar tudo isso é um pouco difícil… Porém na faculdade temos diversas obrigações durante a semana, para entregar, apresentar trabalhos e por aí vai. O único tempo que tenho para o surf são os finais de semana, porém um surf pra mim é como se fosse uma válvula de escape, onde eu pego minha prancha e esqueço do mundo.
5 – Como decidiu começar a correr os campeonatos do Ibrasurf?
Quando ainda não cursava o ensino superior, via várias postagens de amigas que já estavam cursando a faculdade e competindo esse grande evento. Desde quando me matriculei, a meta era fazer parte dessa grande família.
6 – O que você indicaria para alguém que quer manter o surf em dia e sem deixar os estudos de lado?
Indicaria que estude sempre e que o surf não vai deixar de fazer parte do cotidiano de alguém que respira surf.
7 – Qual é a melhor forma pra ficar conectado com o surf mesmo estando longe do mar?
Redes sociais.
8 – Conta um pouco pra gente como foi a sua trajetória no Circuito Universitário de Surf? Afinal, você faz parte dessa história…
Nos primeiros eventos que participei, fiz pódio, porém nunca tinha sido campeã. No ano de 2018 eu consegui ser campeã em Itamambuca, uma onda que gosto muito. Todas as etapas que participei foram maravilhosas, uma vibe altamente positiva e o evento é maravilhoso, cheio de atrações e é muito mais que um evento de surf, se considerarmos uma família chamada Ibrasurf.
9 – Este é o seu último ano como estudante universitária. Quais são as expectativas para o Circuito Universitário 2019? Ainda mais acontecendo em Camburi, sua segunda casa.
Esse é o meu último ano como universitária, porém vem ainda uma pós graduação por aí (risos). Fico feliz em saber que vai ser em Camburi, um lugar muito especial pra mim, que sempre tem altas ondas e com certeza será um show de surf, espero dar o meu melhor!
10 – No ano passado, você foi campeã Feminina. Conta pra gente o que significou essa conquista, como foi a preparação e o final de semana em Maresias?
Essa conquista significa muito pra mim, porém como disse, nunca tinha sido campeã universitária. Era um sonho, então com certeza esse título vai ficar marcado para sempre. A minha preparação para essa etapa de Maresias se baseou em musculação, corrida e funcional 3 vezes por semana.
11 – Você vai se formar em Fisioterapia. O que te motivou a escolher este curso? Pretende juntar a futura profissão com o surf?
O que mais me motivou a cursar fisioterapia foi poder estar junto de um atleta em uma função tão importante. Então, como já fui atleta, sei o quanto o preparo físico muda sua performance e te previne de lesões sendo elas sérias ou não. Com certeza pretendo unir a profissão com surf!
12 – Quais seus planos após concluir a faculdade?
Fazer uma pós graduação, abrir uma clínica para atender atletas de qualquer modalidade
13 – O surf feminino vem crescendo bastante mas ainda assim, é pouco reconhecido e valorizado. O que você pensa a respeito? Já sofreu algum tipo de preconceito dentro d’água pelo simples fato de ser mulher?
O surf feminino ainda é muito pouco valorizado, foi por esse motivo que decidi estudar, pois sabia que só surfar não me daria um futuro garantido. Hoje em dia temos muitas marcas que fazem do surf seu mercado de trabalho, fazem a vendam, dizem que o surf é a alma da marca, mais dificilmente vemos essa marca apoiando atletas e revertendo a verba que eles ganham com o surf para quem faz o surf ser o que é.
Sim, já sofri preconceito. No Peru, estava em Lobitos onde corre uma esquerda perfeita… Depois de pegar duas ondas, voltei pro fundo, quando um local veio do fundo remando em minha direção e perguntou de onde eu era. Eu respondi que era do Brasil e ele respondeu: “Mulheres não surfam aqui, saia agora”. E então eu sai da água bastante frustrada e triste.
14 – O que você diria e aconselharia às meninas que querem aprender a surfar?
Que iniciem com pranchas grandes e largas para ter mais facilidade de ficar em pé na prancha
15 – Como é um dia perfeito para você?
Um dia perfeito seria com altas ondas rolando, só amigos na água.
BATE E VOLTA
Nome
Yohana sarandini
Data de nascimento
18/04/1996
Signo
Áries
Curso
Fisioterapia
Faculdade
Centro Universitário Saúde ABC
Uma viagem
Indonésia
Uma música
White Unicorn – Wolfmother
Um sonho
Conseguir trabalhar com q amo fisio/surf
Um ídolo
Gabriel Medina
Um filme
O menino que descobriu o vento
Uma comida
Lasanha
Uma frase
Faça o melhor na condições que tiver até que tenha condições pra fazer melhor ainda
Um time de futebol
São Paulo
Um sorvete
Flocos
Uma saudade
Surfar todo dia
Um defeito
Ciúmes
Uma qualidade
Determinação
O que te irrita
Falta de educação
O que te atrai
Energia boa, pessoas educadas e determinadas
Quem é Yohana Sarandini
Uma pessoa determinada, mandona e que não abre mão do seus objetivos por mais difíceis que sejam
Texto: Juliana Tourinho